Estudante fica em coma após ser picado por Naja no Distrito Feredal

por Thamany
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes
Publicado em 9 jul 2020, às 18h06. Atualizado às 18h07.

Um estudante de veterinária do Distrito Federal foi colocado em coma induzido após ser picado por uma cobra da espécie Naja nesta terça-feira (07). Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, havia sido internado em estado grave em um hospital no Gama logo após o acidente.

Cobra Naja foi encontrada perto de shopping

O animal, considerado uma das espécies mais perigosas, só foi encontrado no início da quarta-feira (08) próximo a um shopping no Lago Sul, a 14 quilômetros de distância da residência da vítima. De acordo com as informações da Polícia Militar Ambiental (BPMA), o suspeito de ter soltado a cobra é um amigo da vítima que será intimado a prestar esclarecimentos sobre o caso.

Ainda segundo a Polícia Militar, a principal suspeita é de que a Naja estivesse sendo criada em cativeiro pelo estudante, porém nenhum registro do animal foi encontrado no nome de Pedro. A Polícia Militar investiga um possível caso de tráfico de animais, já que a cobra é nativa da África e da Ásia e não pode ser encontrada na fauna brasileira.

Por ser uma espécie incomum no Brasil, o hospital precisou encomendar um soro antiofídico ao Instituto Butantan, em São Paulo, para realizar o tratamento da ferida do estudante picado pela Naja.

Após ser encontrado, o animal foi capturado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e levado até o Zoológico de Brasília, onde permanece em observação para análises comportamentais.

Polícia encontra mais 16 cobras possivelmente ligadas ao estudante

O BPMA do Distrito Federal apreendeu outras 16 cobras exóticas na tarde esta quinta-feira (09) no núcleo rural Taquara. A procura foi realizada após uma denúncia anônima, e a suspeita é de que as cobras também estavam sendo mantidas em cativeiro pelo estudante.

Os animais foram encaminhados para a delegacia de Gama (cidade satélite de Brasília). A espécie das cobras apreendidas ainda não foi identificada pelo Ibama, que ainda fará a análise.