Chuvas de agosto no Paraná não diminuem estiagem; rodízio continua

por Guilherme Barchik
Com informações da AEN
Publicado em 19 ago 2020, às 07h11. Atualizado em: 25 ago 2020 às 19h03.

As chuvas dos últimos dias, que tomaram conta do Paraná no começo de agosto, não são o suficientes para modificar o cenário de crise hídrica que afeta principalmente Curitiba e Região Metropolitana. Na última terça-feira (18), os níveis dos reservatórios do Sistema Integrado de Abastecimento da Região Metropolitana chegaram a quase 30%, o que significa uma situação ainda bastante crítica e requer o empenho da população para alcançar a META20, lançada pela Sanepar com o objetivo de reduzir em 20% o consumo de água.

“O fator preponderante continua sendo a chuva. O rodízio e a redução do consumo potencializam os efeitos da chuva. Nessas condições, fica afastada, neste momento, a possibilidade de mudarmos o rodízio para o modelo mais drástico, que seria o de 24 horas com água e 48 horas sem”

explica o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Se as chuvas se mantiverem nos próximos dias, a expectativa é que os reservatórios cheguem ao dia 1º de setembro com os mesmos níveis de 1º de agosto (em torno de 30%). Na semana passada, o índice estava baixando dia a dia, e chegou a 27%, o pior da história da Sanepar.

“Infelizmente, o déficit acumulado é muito grande e as precipitações continuam insuficientes para corrigir os efeitos da estiagem mais severa já registrada no Paraná. Por isso a importância de cumprirmos a meta de economia de 20% e a manutenção do rodízio. Vamos ganhando tempo até que as chuvas sejam em volume suficiente para atingirmos a normalidade,”

afirmou o diretor da Sanepar.

Aumento da tarifa é anunciado pela Sanepar

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) anunciou que suas tarifas de água e esgoto irão aumentar em 9,62% a partir de 31 de outubro. Segundo o órgão, o reajuste é anual e foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar).