A exemplo dos Estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, que anunciaram a redução da área com o plantio do milho safrinha, em 2015, no Paraná, onde o safrinha tem alcançado recorde nos últimos anos, deverá plantar e colher, no ano que vem, menos do que na safra que acabou de ser colhida, em agosto.

Na primeira estimativa, o Deral prevê uma redução entre 4% e 5%, mas não descarta a possibilidade de o número de agricultores que abrirão mão do milho ser ainda maior.

Desta vez não são preços baixos os responsáveis pela redução – por volta de R$ 21,00 na média no estado, valor que os produtores consideram” aceitável” -, mas as condições climáticas que dominaram em outubro e retardaram o plantio da soja de verão.

O plantio de trigo pode voltar a perder espaço neste ano, depois de se ter atingido a maior área em 10 anos e de ter sido obtida a maior colheita em 11 anos. De acordo com informações do Cepea, o que desestimula produtores são os baixos preços atuais e disponibilidade elevada do cereal no Mercosul.

O trigo pode ser substituído principalmente pelo milho, que tem maior liquidez e menor risco. As cotações do trigo no Brasil operam nos menores níveis reais desde 2002 – início da série do Cepea – e a expectativa é que a Argentina mais que dobre suas exportações.

O valor das operações de crédito nos seis primeiros meses do ano agrícola 2014/2015 é recorde para o período. De julho a dezembro de 2014, o total aplicado pelos agricultores familiares brasileiros alcançou R$ 15,2 bilhões.

Este valor é aproximadamente 23% acima do que foi contratado no mesmo período na safra 2013/2014. O Plano Safra 2014/2015, que termina em junho deste ano, prevê a disponibilização de R$ 24,1 bilhões.

De acordo com dados divulgados, entre os setores que têm contribuído para alavancar o crescimento da Cocamar, a área de insumos agropecuários fechou 2014 totalizando R$ 700 milhões em negócios – praticamente o dobro em comparação a 2011, quando atingiu R$ 360 milhões. Em percentuais esse valor representa 25% do faturamento da cooperativa, de R$ 2,850 bilhões.