Os repórteres Gislene Bastos e Dionei Santos, da RICTV Record, viajaram hoje para o Chile e lá vão se preparar para embarcar no navio que vai atravessar o mar gelado até chegar à Antártica. Depois de passarem por Punta Arenas, onde vão conhecer o maior atol de pinguins do planeta, a equipe segue na companhia de pesquisadores e militares a bordo do H41, navio quebra-gelo da Marinha do Brasil, até o destino final.

Durante a expedição, os repórteres vão conhecer as pesquisas e projetos desenvolvidos pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O programa garante a presença da comunidade científica na Antártica há 32 anos. Cerca de 40 pesquisadores, entre eles uma equipe inteira da Universidade Federal do Paraná (UFPR), estão instalados na Estação Comandante Ferraz. Eles estudam a biodiversidade e impactos ambientais na Antártica, fazem o monitoramento ambiental, do clima e da atmosfera da região e desenvolvem um rigoroso estudo sobre os aspectos tecnológicos, culturais e socioeconômicos do continente.

A equipe da RICTV Record também vai acompanhar o projeto de reforma da Estação Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro de 2012. A expectativa é que os repórteres estejam de volta no início da segunda quinzena de março.

A série Expedição Antártica é produzida pelo jornalista Kelson Henrique e a edição é de Edilson Romanini. José Nascimento, diretor de Conteúdo do Grupo RIC Paraná, diz que “o ano de 2014, que promete muitas novidades, começa com boas notícias, selando todo um trabalho da nossa equipe que, em 2013, teve grandes conquistas em audiência, credibilidade e premiação. Foram oito prêmios de jornalismo. E esta expedição vai gerar um material diferenciado para nossa grade”.

O jornalista Kelson Henrique trabalhou por quase dois anos na produção com intensa negociação com a Marinha do Brasil e acompanhamento dos estudos mais recentes envolvendo clima e os seus impactos, principalmente na América do Sul.

Antártica – A Antártica é a maior reserva de água doce da Terra. Seus 14,2 milhões de quilômetros quadrados – a 1,6 vezes a extensão territorial do Brasil – são cobertos por uma capa de gelo de 2 quilômetros de espessura média. As reservas de gelo (90%) e água doce (70%) regulam o clima do Hemisfério Sul e distribuem umidade pelo planeta. Também resfriam a atmosfera e retiram carbono, metano e outros gases que influenciam diretamente no efeito estufa.

Atualmente, 29 países mantêm bases e desenvolvem pesquisas na Antártica. No verão, essas bases recebem mais de 4 mil pesquisadores, em cooperação científica estabelecida pelo Tratado da Antártica. O tratado de cooperação estabelece uma moratória até 2048 para a exploração de recursos não renováveis na região. O Brasil faz parte deste acordo desde 1975 pelo Proantar, desenvolvido pela Marinha do Brasil.