Ribeirão Preto, 31 – Entidades do setor de insumos anunciam nesta quinta-feira, 31, em Brasília (DF), a criação da CropLife Brasil. A associação surge a partir da fusão de representantes dos segmentos de defensivos químicos e biológicos, pesquisa, desenvolvimento e inovação em sementes, biotecnologia e agricultura digital.
O executivo Christian Lohbauer será o presidente executivo da nova entidade a qual, segundo ele, terá como prioridades, além da questão institucional, a melhor comunicação institucional e a difusão de boas práticas do uso desses insumos.
A CropLife Brasil é resultado da junção da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCbio), da Associação Brasileira de Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e Agroindústria (Agrobio) e do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). Além delas, será incorporada grande parte das operações Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais (Braspov).
A Andef cederá sua sede, em São Paulo, para a CropLife Brasil. Eduardo Leduc, que presidia o conselho associação extinta, terá a mesma função no conselho diretor da nova entidade, cuja estrutura será reduzida pela metade para entre 20 e 24 funcionários. O orçamento total cairá de R$ 30 milhões para R$ 20 milhões por ano, de acordo com Lohbauer, e os setores de cada entidade serão transformadas em divisões na CropLife Brasil.
“A CropLife existe há 50 anos, nasceu na Bélgica a partir de empresas de defesa e pesquisa vegetal e esse modelo de associação se expandiu para o mundo. Mas o primeiro movimento de junção de associações é feito pelo Brasil”, disse “Estávamos atrasados e agora damos um passo largo”, completou o executivo.
De acordo do Lohbauer, a primeira meta da nova entidade é mudar a maneira de o setor se comunicar institucionalmente.
“A gente sabe que está perdendo a guerra no mundo da comunicação. O consumidor hoje é mais jovem, urbano, diversificado e, por isso, precisamos mudar o discurso”, afirmou. A segunda meta é fomentar as boas práticas de uso de insumos no campo. “Pretendemos criar e desenvolver um projeto nacional de treinamento e educação de produtor, crianças e até nos centros urbanos. Para isso, esperamos ter parceiros como distribuidores de insumos, o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e o endosso do Ministério da Agricultura”, concluiu Lohbauer.