Curitiba têm melhora na qualidade do ar durante quarentena
Assim como outros países ao redor do mundo, o Brasil também sente os impactos das paralisações decorrentes do novo coronavírus. Alguns deles, entretanto, não são negativos. Com o fechamento de serviços, cancelamento de voos e menor movimento de carros nas ruas, Curitiba e outras capitais brasileiras tiveram diminuição da poluição atmosférica e melhora na qualidade do ar na última semana.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo enviou à reportagem os valores de concentração de dióxido de nitrogênio (NO2) entre 19 e 25 de março. Na capital paranaense houve redução significativa: na primeira data, o valor era de 15 µg/m3, enquanto no dia 25 era de aproximadamente 7,5 µg/m3. O monitoramento é feito pelo Instituto Água e Terra.
A pasta afirmou que com a escassez de chuvas e baixa umidade do ar, a tendência seria o aumento da concentração de NO2. Como houve queda, prosseguiu a secretaria, se pôde “concluir que isso se dá em razão do isolamento social, já que há menos veículos circulando nas ruas”.
São Paulo
Em São Paulo, a partir da plataforma de monitoramento de qualidade do ar da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a reportagem avaliou a emissão de três poluentes (monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e material particulado) no período de uma semana, entre 19 e 25 de março.
Rio de Janeiro
Para o Rio de Janeiro, foram analisadas oito estações de monitoramento da qualidade do ar. Utilizando de cinco diferentes poluentes (monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, material particulado, dióxido de enxofre e ozônio) como parâmetro, o MonitorAR Rio calcula o índice de qualidade do ar em cinco níveis, indo de bom (menores valores, com pontuação de 0 a 50) a péssimo (valores mais altos, acima de 300).
Belo Horizonte
Na cidade de Belo Horizonte também se notou queda de emissões de poluentes. Em análise enviada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais ao R7, que considerou dois períodos para a pesquisa: o primeiro entre 1º e 19 de março, e o segundo entre 20 (primeiro dia de decreto de isolamento) e 24 de março. O estudo foi feito em duas estações de monitoramento, no bairro São Gabriel e na região central da capital mineira.