Após cirurgia na cabeça, criança suspeita de ter sido torturada pela mãe e pelo padrasto recebe alta

Publicado em 13 ago 2019, às 00h00.

Uma criança, de apenas sete anos, suspeita de ter sido torturada pela própria mãe e pelo padrasto, recebeu alta no último sábado (10), em  Campina Grande, na Paraíba. Nesta segunda-feira (12), a guarda provisória do menino foi concedida a tia. Durante os 30 dias que passou internado, por maus-tratos e desnutrição, o garoto precisou passar por uma cirurgia de reconstrução na cabeça.

A mãe e o padrasto permanecem presos desde o dia 18 de julho, oito dias após o menino ter sido encontrado na residência amarrado e com marcas de queimado por pingos de vela.

Criança é torturada em casa

O menino foi resgatado por agentes da Polícia Civil (PC) no dia 10 de julho, na residência onde morava com a mãe e o padrasto na cidade de Boqueirão, no Agreste paraibano. Acorrentado e com marcas de queimadura, a criança foi encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande em estado de desnutrição e diversos ferimentos.

De acordo com um laudo divulgado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), a criança sofria agressões físicas prolongadas, o que caracteriza como tortura.

A mãe, Maria Aparecida Sousa Silva, e o padrasto, Edilson Cosme Albuquerque, foram presos no dia 18 de julho e permanecem detidos.

Criança torturada recebe alta

Durante os 30 dias que permaneceu internado, a criança recebeu tratamento para recuperação dos ferimentos e também para melhora da desnutrição. O garoto teve que passar por uma cirurgia de reconstrução de uma parte da cabeça que havia sido ferida. Foi realizado um enxerto de pele e a recuperação foi boa.

No último sábado (10) o menino recebeu alta do Hospital e foi recebido pela tia, que agora detém a guarda provisória. O Ministério Público da Paraíba informou que o processo para guarda definitiva a tia já está em andamento.