Após cirurgia na cabeça, criança suspeita de ter sido torturada pela mãe e pelo padrasto recebe alta
Uma criança, de apenas sete anos, suspeita de ter sido torturada pela própria mãe e pelo padrasto, recebeu alta no último sábado (10), em Campina Grande, na Paraíba. Nesta segunda-feira (12), a guarda provisória do menino foi concedida a tia. Durante os 30 dias que passou internado, por maus-tratos e desnutrição, o garoto precisou passar por uma cirurgia de reconstrução na cabeça.
A mãe e o padrasto permanecem presos desde o dia 18 de julho, oito dias após o menino ter sido encontrado na residência amarrado e com marcas de queimado por pingos de vela.
Criança é torturada em casa
O menino foi resgatado por agentes da Polícia Civil (PC) no dia 10 de julho, na residência onde morava com a mãe e o padrasto na cidade de Boqueirão, no Agreste paraibano. Acorrentado e com marcas de queimadura, a criança foi encaminhada ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande em estado de desnutrição e diversos ferimentos.
De acordo com um laudo divulgado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), a criança sofria agressões físicas prolongadas, o que caracteriza como tortura.
A mãe, Maria Aparecida Sousa Silva, e o padrasto, Edilson Cosme Albuquerque, foram presos no dia 18 de julho e permanecem detidos.
Criança torturada recebe alta
Durante os 30 dias que permaneceu internado, a criança recebeu tratamento para recuperação dos ferimentos e também para melhora da desnutrição. O garoto teve que passar por uma cirurgia de reconstrução de uma parte da cabeça que havia sido ferida. Foi realizado um enxerto de pele e a recuperação foi boa.
No último sábado (10) o menino recebeu alta do Hospital e foi recebido pela tia, que agora detém a guarda provisória. O Ministério Público da Paraíba informou que o processo para guarda definitiva a tia já está em andamento.