O padrasto e a mãe podem cumprir até 30 anos de prisão

O inquérito da morte da menina Rafaela Eduarda Trates, de cinco anos, espancada até a morte no dia 8 de março foi concluído nesta sexta-feira (19).

A conclusão é de que Rafaela sofria agressões há no mínimo um ano. O agressor, Gilmar de Lima, padrasto da criança, espancava Rafaela porque ela não era filha dele, sendo fruto do antigo casamento da mãe, Vani de Fátima Trates.

Durante os dez dias de investigação, a declaração de dez pessoas, como vizinhos, amigos, conhecidos e familiares, foram incluídas no processo que será enviado ao Ministério Público para avaliação.

A mãe e o padrasto foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Caso os acusados sejam condenados, a pena pode ser de 17 a 30 anos de prisão. Ainda há expectativa que a justiça leve Gilmar e Vani a Júri Popular.

A mãe de Rafaela está detida na 15ª SDP. Vani está grávida de oito meses e saiu na terça-feira (16) para exame de pré-natal. Retornou à prisão e deve ser internada nos próximos dias no Hospital Universitário para parto do bebê. Gilmar, o padrasto, está preso na Penitenciária Estadual de Cascavel.

O delegado da investigação, Pedro Fernandes de Oliveira, afirmou que a participação dos professores no caso não reflete na esfera penal, mas pode ter uma responsabilidade administrativa, pois as informações sobre as faltas da menina deveriam ter sido repassadas ao Ministério Público e Conselho Tutelar.

A investigação permanece em sigilo.