Criança com paralisia cerebral foi morta a facadas em Minas Gerais; pai é suspeito
Segundo um laudo da Polícia Civil, divulgado nesta segunda-feira (9), David Lucca Silva Machado, de 1 ano e 9 meses, encontrado morto em Itabirito, em Minas Gerais, foi assassinado a facadas. A criança sofria de paralisia cerebral e o principal suspeito pelo crime é seu próprio pai Aislan Souza e Silva, de 29 anos, que está preso.
Mulher e filho com paralisia somem em Minas Gerais
David Lucca sumiu junto com a mãe, Fiama Antônia de Freitas Machado, de 25 anos, no dia nove de setembro enquanto a família viajava para Belo Horizonte, onde o menino passaria por uma consulta médica.
Um dia depois, o corpo de uma pessoa adulta foi encontrado carbonizado às margens da BR-040, em Itabirito, mas não era possível confirmar a identidade.
Em 21 de novembro, exames de papiloscopia ficaram prontos e confirmaram que se tratava de Fiama.
No dia 22 de novembro, Aislan foi preso e confessou ter matado esposa e o filho, mas a causa do crime não foi revelada. Contudo, em um dos depoimentos, o homem alegou que pensou que o filho teria morrido após sofrer convulsões e, por isto, teria deixado a criança em uma mata na região.
No dia 25 de novembro, a ossada da criança também foi localizada.
De acordo com as investigações, o casal estava em processo de separação e durante a viagem teriam ocorrido várias discussões entre os dois. Além disso, em certo momento, a criança com paralisia cerebral começou a passar mal e Aislan parou o carro para que os dois pudessem socorrer o menino. Neste momento, ele teria pego um canivete que ficava guardado no carro e esfaqueado a mulher com golpes no pescoço.
Homem se passou pela mulher
Embora o crime tenha ocorrido no dia 9 de setembro e o corpo carbonizado de Fiama tenha sido encontrado um dia depois, o desaparecimento de mãe e filho só foi registrado no final de outubro. Segundo a Polícia Civil, Aislan ficou com o telefone celular da vítima e se passava por ela por meio de troca de mensagens pelo WhatsApp.
Em certo momento, a família começou a desconfiar que algo estava errado pois as mensagens eram sempre em texto, nunca em áudio, e ela não enviava mais fotos como de costume. Quando questionaram a ausência de Fiama, Aislan respondeu, como se fosse a esposa, que tinha arrumado um emprego no Espírito Santo e se mudado para o estado vizinho.
Polícia acredita em crime premeditado
De acordo com a delegada Maria Alice Faria, responsável pelo caso, a suspeita é que o crime tenha sido premeditado. A motivação dos assassinatos ainda é investigada.
“A rota utilizada, o transporte irregular de gasolina no interior do veículo e as circunstâncias indicam que esse crime bárbaro foi premeditado”, declarou.