Ciclone extratropical se forma entre Brasil e Uruguai; entenda!
Um ciclone extratropical e uma frente fria podem chegar com tudo em algumas regiões do Brasil a partir desta quarta-feira (2).
De acordo com a Climatempo, os sistemas se organizam entre a Argentina, Uruguai e o Brasil já no começo desta noite.
Ciclone extratropical, ventos, granizo e chuva: entenda a previsão da Climatempo
Além disso, segundo o Climatempo, o centro da baixa pressão atmosférica associado ao ciclone extratropical deve estar posicionado entre o leste do Uruguai e o sul do Rio Grande do Sul, com pouco menos de 1010 hPa. Dessa maneira, a formação da frente fria e do ciclone devem gerar nuvens carregadas sobre o Rio Grande do Sul, o Uruguai e o leste da Argentina, na região de Buenos Aires.
Ao que tudo indica, existe grande potencial para chuva volumosa, rajadas de vento intensas e até queda de granizo.
Para esta quarta, a Climatempo ainda alertou para o risco de ventania com até 90 km/h no centro-sul, no oeste e leste do Rio Grande do Sul e de 50 km/h a 70 km/h no restante da região Sul.
Durante a madrugada de quinta-feira (3), o ciclone extratropical se intensifica no litoral do Uruguai e próximo à Santa Vitória do Palmar, no extremo sul gaúcho, com a pressão do ar baixando para menos de 1000 hPa sobre o mar, sendo que a pressão do ar mais baixa faz com que as rajadas de vento fiquem mais fortes.
Ainda na quinta há risco de rajadas de vento entre 80 km/h e 100 km/h no sul do Rio Grande do Sul, atingindo locais como Chuí, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande e Pelotas. O mesmo pode acontecer na serra do RS e na serra catarinense.
Nas demais áreas da região Sul do Brasil o vento pode variar entre 50 km/h e 70 km/h na quinta, mas as rajadas de vento tendem a enfraquecer no decorrer do dia com o afastamento do ciclone.
Ciclone bomba x ciclone extratropical
O ciclone extratropical se forma rapidamente. Em alguns pontos do litoral do Uruguai e do Rio Grande do Sul, a diferença da pressão atmosférica entre 00h de quarta e 00h de quinta deve ser de pouco menos de 24 hPa, o que faz este ciclone extratropical ser quase um ciclone bomba.
Em resumo, todos os ciclones tem queda na pressão atmosférica durante sua formação. Entretanto, para ser considerado um ciclone bomba a queda precisa ser exatamente de 24hPa em 24 horas: 1 hPa por hora.