A vítima foi encontrada morta pela polícia dentro do próprio apartamento onde vivia com o marido na madrugada, por volta das 3h, do dia 22 de julho (Foto: Reprodução/Facebook/Tatiane Spitzner)

Manvailer é acusado de homicídio qualificado, cárcere privado e fraude processual por matar a advogada Tatiane Spitzner, em 22 de julho de 2018

Acusado de matar a própria esposa, Luis Felipe Manvailer será interrogado nesta quinta-feira (21), em Guarapuava, na região central do Paraná, sobre o caso. Esta é a segunda vez que o réu falará sobre o crime.

Manvailer é interrogado em Guarapuava

Manvailer é acusado de homicídio qualificado, cárcere privado e fraude processual por matar a advogada Tatiane Spitzner, em 22 de julho de 2018. As audiências irão definir se o réu irá para júri popular ou não. A juíza Paola Mancini, responsável pelo caso, definiu a data após as gravações de depoimentos feitos por carta precatória, no dia 25 de janeiro, foram anexadas ao processo.

No dia 25 de janeiro, a Justiça ouviu sete testemunhas do caso da morte da advogadaTatiane Spitzner. Na defesa, André Manvailer -irmão do principal suspeito pela morte da vítima- e três amigos. Na acusação, dois assistentes técnicos e uma testemunha em comum.

Relacionamento de Tatiane e Manvailer

Tatiane, natural de Guarapuava, conheceu Luis Felipe Manvailer durante uma viagem a Curitiba, em um jogo de rugby. Em aproximadamente três meses eles começaram a namorar e resolveram casar. Já casados, os dois seguiram para a Alemanha onde viveram por três anos e retornaram para Guarapuava no fim de 2016.  

Advogada cai de apartamento

Ela foi encontrada morta dentro do apartamento do casal por policiais, na madrugada de 22 de julho deste ano, por volta das 3h. Além disso, imagens da câmera de segurança do prédio mostraram que Manvailer havia levando o corpo de Tatiane de volta para o apartamento após ela cair do quarto andar do prédio. Ao atender o chamado, policiais encontraram manchas de sangue na calçada e nos corredores do edifício.

Ex-namorado é o principal suspeito

Luis Felipe Manvailer foi apontado como principal suspeito da morte da esposa, e virou réu por homicídio qualificado – com quatro agravantes, entre eles, feminicídio -, por fraude processual e por cárcere privado

Testemunhos colhidos pela Polícia Civil e que embasaram a acusação do MP-PR contra a Felipe, relatam que o casal vivia uma relação abusiva e que por inúmeras vezes Tatiane falou que gostaria de se separar do Manvailer.

Pai de Tatiane chora em audiência

No dia 13 de dezembro de 2018, foi realizada no Fórum de Guarapuava, nos Campos Gerais do Paraná, a segunda audiência de instrução sobre a morte da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, ocorrida no dia 22 de julho deste ano. Entre os testemunhos, o de seu pai sensibilizou  os presentes pela emoção com que Jorge Spitzner lembrou como apoiou o seu ex-genro Luis Felipe Manvailer.

Entre suas declarações, ele afirmou que o comportamento do genro começou a mudar no início de 2018 e que Tatiane já havia manifestado o desejo de se separar por não aguentar mais. Jorge lembrou ainda que Luis Felipe humilhava e agredia a esposa verbalmente na frente de estranhos ou mesmo de familiares da jovem.