Caso Marcelinho: Motorista que atropelou criança vai a júri popular
O jovem Bruno Alisson Batista Ventura, 24 anos, que dirigia o veículo que atropelou e matou o pequeno Marcelinho, de apenas 3 anos, será julgado pelo crime de homicídio qualificado em júri popular.
A decisão foi tomada pelo juiz Daniel Surdi Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, nesta quinta-feira (14). Bruno Ventura está preso.
“indícios suficientes de que o acusado conduzia o veículo após ter ingerido bebida alcoólica; que não possuía habilitação ou permissão para dirigir; que empreendia velocidade incompatível com aquela via pública, e que transitava na contramão da direção daquela rua, consoante se infere da prova oral produzida em juízo, vídeo da dinâmica do fato e teste do etilômetro”, escreveu o juiz.
O juiz acolheu a denúncia do Ministério Público do Paraná. A pena de homicídio qualificado vai de 12 a 30 anos de prisão, enquanto a de homicídio simples varia entre 6 e 20 anos de prisão.
Responsável pela defesa da família de Marcelinho, o advogado Jeffrey Chiquini diz que confia na Justiça e que acredita que o réu será responsabilizado pelo que a defesa da família classifica como “grave e cruel crime”.
Relembre o caso
A sexta-feira, 25 de outubro de 2019, acabou de maneira trágica para uma família de Curitiba. Uma vizinha e amiga de Andressa de Oliveira , mãe de Marcelo, iria ao mercado e o pequeno pediu para ir junto. A mãe deixou, porém, pouco depois escutou um barulho e viu uma grande aglomeração na região.
O pequeno, chamado por todos de Marcelinho, estava na calçada, em frente ao mercado, quando um carro em alta velocidade acabou atingindo-o.
“Tinha um carro parado, e ele (Marcelinho) tava saindo de trás do carro. Daí veio o outro carro com tudo. Estava muito rápido. O policial falou pra mim que lá a velocidade permitida é 30 km/h e ele estava a mais de 80 km/h. Imagine a pancada” contou a mulher que levou o pequeno junto ao mercado.
A criança chegou a ser atendida por uma equipe do Corpo de Bombeiros, porém, não resistiu e morreu antes mesmo de chegar ao Hospital do Trabalhador.
Um exame do bafômetro confirmou que o condutor do veículo estava embriagado. Além disso, Bruno Alisson Batista Ventura não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O motorista foi preso em flagrante.