Caso Gael: menino de três anos é encontrado morto em casa e polícia investiga o caso
A polícia de São Paulo investiga a morte de Gael Freitas Nunes, de 3 anos, encontrado morto no apartamento da família, no bairro do Jardins, área nobre da capital paulista, na última segunda-feira (10). O chamado de socorro foi feito pela irmã de Gael, de 13 anos.
Segundo o R7, quando os socorristas chegaram no local, a criança já estava tendo uma parada cardiorrespiratória e não resistiu às tentativas de reanimação durante o percurso até o hospital. Os hematomas encontrados no corpo do menino levam as suspeitas à mãe de Gael, encontrada em estado de choque no banheiro quando o socorro chegou.
Segundo a tia-avó de Gael, que estava no apartamento quando a criança começou a passar mal, o garoto chorava muito antes naquela manhã e teria gritado antes de morrer.
A polícia apreendeu um anel que pertenceria à mãe do menino Gael e a perícia apontou ferimentos que podem ter sido causados pelo objeto na testa da criança.
Investigações
O pai afirmou à polícia estar separado da mãe há seis meses e que, no fim de semana, a criança não aparentava nenhuma anormalidade.
O depoimento de Andréia, mãe de Gael, durou mais de 5 horas. Segundo informações preliminares dadas por investigadores, a mãe descreve como foi todo o dia da família. Porém, nos minutos antecedentes da morte de Gael, a mulher teria parado de falar.
Os policiais conversaram por cerca de uma hora com o porteiro do prédio e também buscaram por imagens de câmeras de segurança do condomínio, que possam mostrar possíveis movimentações da família.
A mãe do menino Gael já foi internada quatro vezes por distúrbios mentais.
A tia-avó Maria Nanete de Freitas disse em depoimento na 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que os problemas psiquiátricos começaram quando a mãe do menino passou a tomar remédios para emagrecer.
Maria contou ainda que ouviu o menino chorar, mas pensou que ele queria o colo da mãe, como era comum. A tia-avó chamou a criança para voltar a assistir desenho, mas a mãe respondeu que o filho iria ficar na cozinha. Cinco minutos depois, ela escutou barulhos fortes de batidas na parede, mas achou que o som era de outro apartamento. Logo depois o menino parou de chorar.
Ainda de acordo com a tia-avó, cerca de 10 a 15 minutos depois, ela ouviu o barulho de vidros estilhaçando. Ela foi até a cozinha e encontrou o menino no chão, coberto com uma toalha, em meio a uma poça de vômito. Depois, perguntou para a mãe o que tinha acontecido com Gael, mas a mulher, que parecia estar em estado de choque, não disse uma única palavra.
A mãe foi levada ao Hospital do Mandaqui, onde passará por uma avaliação psiquiátrica. Ela está sob escolta policial.