A campanha de vacinação contra a poliomelite e o sarampo foi prorrogada nesta terça-feira (16) pela segunda vez pelo Ministério da Saúde. Agora, a imunização contra as duas doenças vai até dia 31 de dezembro. As baixas taxas de cobertura das vacinas incentivou o ministério a adotar a medida.

De acordo com dados levantados pelo próprio Ministério da Saúde, ainda faltam ser vacinadas 1,8 milhão de crianças contra o sarampo e 1,5 milhão contra a pólio. Foram imunizados contra pólio até agora o equivalente a 88% do público alvo e 82,9% contra sarampo. A meta do governo federal era vacinar 95% das crianças contra as duas doenças. Esta é a segunda vez que o fim da campanha é adiado.

Até agora, Espírito Santo foi o único Estado que conseguiu atingir a meta. Ceará alcançou o objetivo apenas contra sarampo.

O Distrito Federal foi a Unidade da Federação com a mais baixa cobertura vacinal de poliomielite: apenas 61,5% do público alvo foi imunizado. O Amazonas, por sua vez, foi o que registrou a menor adesão para vacina contra sarampo: 57,44% das crianças foram vacinadas.

A vacina contra poliomelite é recomendada para crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. Já a imunização contra o sarampo é recomendada para crianças de um a cinco anos, também incompletos.

A orientação do Ministério da Saúde é que as crianças com alergia a leite de vaca não devem ser vacinadas agora contra sarampo. O imunizante usado na campanha, fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India, apresentava um componente que poderia facilitar reações a crianças alérgicas.

Embora a poliomielite tenha sido erradicada no Brasil, o governo federal alerta que a vacinação é essencial para evitar a reintrodução do vírus no País. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 10 países registraram em 2013 e 2014 casos da doença. No Paquistão, Nigéria e Afeganistão, a doença é endêmica. O ministério ressalta que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.