Em apenas três dias do início da campanha de vacinação contra a gripe, Curitiba já atingiu quase 20% da meta. De terça-feira (22), quando começou a campanha, até o meio dia do sábado (26), 74.887 pessoas haviam sido imunizadas, ou 19,8% da meta para o público mais vunerável à gripe. A campanha vai até o dia 9 de maio.

Pessoas portadoras de doenças crônicas, crianças de seis meses e menores de cinco anos – até 4 anos, 11 meses e 29 dias –, gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto (em puerpério), indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais de saúde fazem parte do público-alvo para a imunização contra a gripe.

Postos de vacinação

O secretário de Saúde de Curitiba, que percorreu vários postos de vacinação na cidade, explicou que a vacina é ofertada a grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. “Crianças, idosos, gestantes e doentes crônicos têm o sistema imunológico menos fortalecido e precisam ser imunizados para prevenir complicações. Por isso, em dias de mobilização como hoje, colocamos nossas equipes ainda mais perto da população, para destacar a importância da vacinação”, esclareceu.

A população tem até o dia 9 de maio para receber a vacina em qualquer uma das 109 unidades básicas de saúde da capital. Nos supermercados, por falta de local adequado, não foram vacinadas crianças.

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A vacina contra a gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação contribui para a redução de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

A diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria, Juliane Oliveira, explicou que a campanha de vacinação acontece no período que antecede o inverno porque a criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a aplicação da dose. O período de maior circulação da gripe é de final de maio a agosto. Segundo ela, as reações à vacina são raras, mas é contraindicada a pessoas com alergia ao ovo de galinha e seus derivados.

Juliane lembrou que a vacinação contra gripe é uma importante ação de prevenção da gripe, mas não dispensa medidas básicas de proteção. “São medidas simples, como fazer a assepsia frequente das mãos, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar e procurar manter os ambientes ventilados”, orientou.

A transmissão da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).

Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente as integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.