Brasil tem mais de 90 mil mortos e 2,5 milhões de casos de coronavírus

Publicado em 29 jul 2020, às 20h15. Atualizado às 20h56.

Pouco mais de quatro meses após registrar seu primeiro óbito por covid-19, o Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira (29), a triste marca de 90 mil mortes pela doença. Em 134 dias, houve o registro de que 90.134 mortes no país, em decorrência da infecção pelo novo coronavírus.

Nesta quarta-feira, o Brasil também registrou mais de 2,5 milhões de casos confirmados da doença. O país completou seis semanas com média diária de mortes pelo novo coronavírus igual ou superior a mil. Enquanto isso, o Ministério da Saúde completa mais de dois meses sem ministro.

O Brasil registrou, nesta quarta-feira, 1.595 mortes e 69.074 novas infecções de coronavírus nas últimas 24h. O balanço mais recente do Ministério da Saúde mostra ainda que 1.787.419 pessoas já se recuperaram do coronavírus.

O Brasil o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo. Só perde para os Estados Unidos, que somam 4.401.599 contaminações confirmadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O terceiro país mais afetado é a Índia, com 1.531.669 casos. Os três juntos são responsáveis por quase metade de todos os casos registrados no mundo.

O avanço do novo coronavírus pelos Estados também mudou no último mês: principalmente as regiões Sul e Centro-oeste passaram a registrar um crescimento acelerado da pandemia, enquanto os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, epicentros impactados desde o início, passaram por semanas de ligeira desaceleração.

Coronavírus chegou a todos os cantos do Brasil

Especialista em geografia da saúde da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Borges Guimarães afirma que a covid-19 chegou praticamente a todos os cantos do Brasil. “Temos várias epidemias dentro de um único País e ocorrendo ao mesmo tempo. Neste momento, a gente percebe uma aceleração muito forte em Santa Catarina, Goiás e no Mato Grosso do Sul, com um número muito alto de casos” explica Guimarães.

Segundo Guimarães, na escala que o Brasil atingiu, até chegar num processo que de desaceleração, muitas vidas serão perdidas. “Não se reduz drasticamente de um dia para o outro os números. O Brasil está condenado a ter um volume de mortos, dos mais altos do mundo, por conta desse ritmo que a gente não conseguiu controlar”.