A pandemia do novo coronavírus, que traz impactos profundos para a economia brasileira, levou o Banco Central a promover ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2020. A instituição alterou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 4,8% para alta de 7,6%.
Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 7,8% para elevação de 5,8%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 0,6% para crescimento de 10%.
Já a projeção para o saldo de crédito livre, aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES, passou de alta de 8,2% para elevação de 10,6%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 10,0% para alta de 6,5%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 6,0% para avanço de 15,6%.
A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de zero para alta de 3,5%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi mantida em alta de 5,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou de retração de 8,0% para queda de 10,0%.
Desde o início da pandemia, o BC e o Ministério da Economia vêm adotando medidas para estimular o crédito a famílias e empresas neste momento de maior demanda. Na última terça-feira, o BC lançou um segundo pacote, com seis medidas, para impulsionar o crédito, com foco principal nas micro, pequenas e médias empresas.