São Paulo, 18 – O preço da batata apresentou redução em todas as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas no mês de novembro. Os porcentuais variaram entre 1% na Ceasa/GO – Goiânia e 27,89% na Ceasa/ES – Vitória, mostra levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou nesta quarta-feira, 18, o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

Conforme comunicado da Conab, a redução na cotação da batata, entretanto, é atribuída muito mais à desvalorização do tubérculo pela qualidade do que pelo aumento da oferta, que continua inferior à registrada nos dois últimos anos.

A pesquisa considera, além da batata, outros quatro produtos (cenoura, tomate, cebola e alface) com maior representatividade na comercialização nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA).

Embora não tenham sido unânimes como a batata, a cebola e a cenoura apresentaram queda de cotações na maioria dos mercados. O movimento de redução de preços da cebola continuou em novembro, embora tenham sido menor que em outubro. No caso da cenoura, somente foi registrado aumento de preço na Ceasa/PR – Curitiba (20%).

Os preços do tomate caíram em cinco mercados estudados e em quatro ocorreram alta. Já a alface, somente na Ceasa/PR – Curitiba os preços registraram queda de 5,84%. Nos demais mercados as elevações foram, na maioria deles, expressivas, alcançando 41,36% na Ceasa/PE – Recife.

Frutas

No segmento de frutas, o estudo da Conab também considerou os alimentos com maior participação na comercialização e no cálculo da inflação (banana, laranja, maçã, mamão e melancia).

O destaque de novembro foi a melancia, que teve alta de preços em todas as Ceasas e queda na oferta na maioria delas, decorrente do fim da produção goiana e da safrinha em Marília/Oscar Bressane, interior de São Paulo. Esse quadro deve se inverter nos próximos meses com a chegada, no mercado, das melancias do Sul do País, além da produção de outras regiões paulistas e de Teixeira de Freitas, na Bahia.

A banana teve queda de preços na maioria das Ceasas associada à queda da oferta, para a nanica e a prata. Boa parte dessa banana foi direcionada ao mercado externo, e essa restrição de oferta começa a ser sentida com mais força em dezembro.

Conforme a pesquisa, a comercialização da laranja registrou oferta em queda associada a preços um pouco mais elevados em relação aos meses anteriores na maioria das Ceasas. “As chuvas voltaram em novembro, o que resultou em melhora da qualidade das frutas nos laranjais, e dá esperança aos produtores para que o pegamento da florada seja satisfatório”, diz a Conab no boletim.

Já a maçã apresentou queda da oferta e aumento de preços, até mesmo para a fuji miúda. A valorização da maçã gala foi superior à da fuji, por causa da menor disponibilidade nas câmaras frias. “Ao observarmos a série histórica de preços, verificou-se que houve elevação de preços em 2019, principalmente por causa da quebra de safra da gala”, comenta a Conab.

O mamão apresentou alta de preços somada à queda da oferta em todas as centrais atacadistas. A elevação da temperatura e a produção estável ou em queda nos pomares capixabas e baianos acabaram por ser um incentivo ao consumo no varejo, o que propiciou um leve alívio à rentabilidade dos produtores.