Aumento do desemprego é "movimento da sazonalidade", diz secretário

Publicado em 24 abr 2019, às 00h00.

O aumento do desemprego formal em março é, segundo o governo, uma postergação das demissões que ocorrem em fevereiro.

De acordo com o secretário de Trabalho da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, trata-se de um “movimento natural da sazonalidade”, em função das contratações de fim de ano.

Aumento do desemprego formal em março

Conforme disse Bruno Dalcomo, “ao que parece, os empresários seguraram mais os trabalhadores, até pelo carnaval, que foi no mês de março”.

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados quarta-feira (24) apontam que o mercado formal de trabalho apresentou um saldo negativo de 43.196 empregos com carteira assinada em março de 2019.

O saldo é resultante de um total de 1.216.177 admissões e de 1.304.373 demissões no período.

Entretanto, o resultado negativo não frustrou as expectativas do secretário. “Não frustra porque é um movimento natural da sazonalidade. Mês passado tivemos um volume de contratações muito acima das expectativas, inclusive do mercado”, explicou.

Com isso, na média entre os dois meses, o crescimento de postos gerados está em linha com o que se esperava”.

Em fevereiro, o saldo do número de vagas formais havia ficado positivo, com 173.139 admissões (1.453.284 admissões e 1.280.145 demissões).

Com isso, no acumulado do bimestre (fevereiro/março), o saldo está em 129.943.

Expectativa

A expectativa do secretário é que, com o crescimento da economia a situação melhore nos próximos meses. 

De acordo com ele, abril costuma ser um mês “bastante positivo” devido às contratações para o Dia das Mães.

Reforma trabalhista

Questionado sobre o peso que a reforma teve para o cenário, Dalcomo disse que “o emprego não se cria de maneira espontânea”.

“É preciso que a economia esteja ajustada e volte a crescer para que o mercado consiga reagir”, afirma.

Por fim, Dalcomo teceu elogios às regras da nova legislação trabalhista que possibilitam contratações para trabalhos intermitentes.

Segundo ele, entre março de 2019 e março de 2018 houve aumento de 50% na utilização dos contratos intermitentes.

Siga o RIC Mais também no Instagram, e fique por dentro de todas as novidades!