Caso Emanuelle: assassino de criança usa lençol para se matar na cadeia
Aguinaldo Guilherme Assunção, assassino confesso da menina Emanuelle Pestana de Castro, de oito anos, usou um lençol para se enforcar na madrugada desta quarta-feira (15), no Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César, no interior de São Paulo (SP), onde estava preso.
De acordo com apuração feita pelo portal R7, o suicídio do assassino foi confirmado pela equipe da Polícia Civil de Chavantes, cidade onde o crime aconteceu.
Assassino de Emanuelle se mata na cadeia e policiais afirmam que homem se enforcou com lençol
No boletim de ocorrência registrado pela polícia, a informação é de que ao fazer a contagem dos presos por volta das 5h, Aguinaldo foi encontrado enforcado dentro da cela, onde estava sozinho. Além disso, no BO diz que Aguinaldo amarrou o lençol na ventana e no pescoço.
O corpo do assassino confesso foi recolhido ao Instituto Médico-Legal (IML) de Avaré, que ainda deve emitir um laudo oficial com a causa da morte.
Nesta manhã, o delegado Marco Aurélio de Cerqueira César foi até a cadeia para acompanhar o trabalho da perícia.
Aguinaldo havia matado o irmão há mais de 30 anos
Aguinaldo Guilherme Assunção tem 49 anos, era lavrador, e atualmente estava desempregado. Em Chavantes, o homem morava em uma casa com a mulher e o enteado de dez anos.
No passado, o assassino confesso foi casado e teve uma filha, hoje com 21 anos. A jovem mora com a mãe e não tinha nenhum contato com Aguinaldo.
Aos 17 anos, em 1988, o homem usou uma faca de cozinha para matar o irmão Roberto, de 23 anos, após uma discussão. Na ocasião, Aguinaldo foi preso na rodoviária da cidade enquanto brincava com cachorros, mas menos de dois meses depois foi colocado em liberdade.
De acordo com Roberta Assunção, sobrinha do assassino, a família não desconfiava do envolvimento do homem na morte de Emanuelle.
“Ele tratava bem as crianças, brincava com as da vizinha. A gente não admite isso, mas a gente não tem culpa de nada, ele que tem que pagar”, afirmou.
Caso Emanuelle
Emanuelle desapareceu de uma praça que brincava na cidade de Chavantes, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (10), e foi encontrada morta no fim da noite desta segunda-feira (13), por volta das 23h, depois que o próprio assassino indicou o local onde estava o corpo.
Para a polícia, o homem confessou ter matado Emanuelle depois que foi reconhecido em uma das gravações de câmeras de segurança.
Agnaldo era vizinho da menina, e em testemunho disse que cometeu o crime porque Fabiana Pestana, mãe de Emanuelle, não permitia que a filha brincasse com o enteado dele.
Segundo a polícia, ao avistá-la sozinha na Praça do Bode, ele convidou a vítima para colher mangas alegando que as frutas podiam ser dadas como presente para a mãe da criança.
Juntos, os dois seguiram de bicicleta até uma área de reflorestamento, e no local a criança foi morta com 13 golpes de faca.
Agora, a Polícia Civil ainda deve confirmar se Emanuelle foi vítima de abuso sexual.
*Com informações e apuração da equipe de reportagem da Record TV