"Amor, Sublime Amor" tem estreia decepcionante e arrecada somente US$10 milhões
Por Rebecca Rubin
LOS ANGELES (Variety.com) – O público norte-americano não abriu a carteira para ver a famosa rivalidade entre os Sharks e os Jets na telona.
“Amor, Sublime Amor”, remake de Steven Spielberg para o musical clássico, não arrecadou muito dinheiro em sua estreia, com meros 10,5 milhões de dólares nos cinemas norte-americanos.
O desempenho é preocupante, porque a Disney e a 20th Century Studios gastaram 100 milhões para reviver a história de amor shakespeariana para os tempos modernos e podem perder milhões, a menos que “Amor, Sublime Amor” sobreviva nas bilheterias durante a temporada de festas de fim de ano e do Oscar.
Pode ser que o filme atraia público entre o Natal e o Ano Novo, mas é uma estreia ruim para um dos filmes mais aclamados pela crítica esse ano — e que estreou exclusivamente nos cinemas.
Embora todos os novos musicais tenham encontrado dificuldade em atrair o público em tempos de Covid-19, é preocupante tanto para os cinemas quanto para os estúdios que “Amor, Sublime Amor” –uma das histórias mais amadas dos filmes musicais e que foi dirigida por um dos diretores mais bem-sucedidos de Hollywood–, tenha vendido menos que “Em um Bairro de Nova York” (com arrecadação de 11,5 milhões na estreia), um musical que estreou simultaneamente no HBO Max.
“No passado, nós vimos musicais se conectarem com críticos e com o público e ficarem muito tempo em cartaz”, disse David A. Gross, que dirige a consultoria de cinema Franchise Entertainment Research. “Mas isso aconteceu no passado. As condições para que o público vá aos cinemas seguem prejudicadas. Se ‘Amor, Sublime Amor’ quiser ter lucro, precisa ir bem tanto internacionalmente quanto nacionalmente.”
Após recordes de bilheteria em outubro, graças a “Venom: Tempo de Carnificina” e “007 – Sem Tempo Para Morrer”, o número de espectadores caiu.
Isso certamente vai mudar na semana que vem, quando a Sony lançar “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. O que está claro, no entanto, é que pessoas mais velhas não têm se interessado em voltar aos cinemas. A maioria dos títulos que tiveram sucesso comercial são voltados a homens jovens.