Agro, nossa identidade!
Por que o agro é a maior identidade do Paraná? Essa é uma pergunta que envolve aspectos geográficos, históricos, econômicos e, hoje, tecnológicos. Para começar, podemos destacar os solos férteis da nossa terra, a variedade de alimentos produzidos pela nossa agricultura e a identidade do trabalhador rural paranaense.
Justo pela produção que acontece aqui, é possível ressaltar a força econômica do agronegócio no nosso estado. Mesmo diante do cenário pandêmico que atravessamos, em que a maioria dos setores sofreram regressão, o agronegócio seguiu o caminho inverso. É o mercado que segue aquecido e tem criado uma base de sustentação para a economia do Paraná e do Brasil.
Enquanto a indústria perde protagonismo no PIB brasileiro, a participação do agronegócio saltou de 5,1%, em 2019, para 7,9%, no primeiro trimestre de 2021 – o maior percentual trimestral desde 1996. Atualmente, a participação paranaense no PIB nacional é de 6,2%. No cenário estadual, o agronegócio deu um salto na balança comercial. A participação do setor no PIB do Paraná é de 33,9%, o que corresponde a R$ 142,2 bilhões. Todo estes dados foram divulgados pelo executivo estadual.
Este resultado positivo foi obtido principalmente pelo desempenho do setor agropecuário, que registrou um crescimento de 14,96%, alavancado por uma super safra de grãos de verão. Além do Paraná ser o principal produtor de carne de frango no país, é, também, o que mais exporta. Atualmente, responde por 40,9% da atividade e mantém relação comercial com cerca de 160 países de, praticamente, todos os continentes.
Na agricultura, somos pujantes em alimentos que precisam ser replantados a cada safra, como soja, trigo, milho e feijão. Não à toa, somos o segundo estado do Brasil mais rico em produção de grãos, leguminosas e oleaginosas. Além de serem extremamente rentáveis, geram emprego e renda a cada ano.
Uma das maiores preocupações que norteiam o mundo atualmente é com relação à preservação do meio ambiente. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, a atividade agropecuária brasileira consome cerca de 72% de todo o recurso hídrico para a irrigação das lavouras. Esse número é maior do que a média internacional, de 70%. Precisamos pensar em políticas públicas para reverter esta situação. Afinal de contas, é possível, sim, manter este mercado aquecido e, ao mesmo tempo, garantir a utilização consciente dos nossos recursos naturais.
Um belo exemplo é que o Paraná é o estado brasileiro que mais detém certificados de produtores orgânicos. Estes produtores investem em alimentos orgânicos que são produzidos com uma metodologia regida por uma série de regras, regulamentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por uma lei federal ainda de 2003. Uma das características dessa forma de produção é a proibição do uso de agrotóxicos e o uso responsável do solo, água e outros recursos naturais.
A tecnologia é outra grande aliada do agronegócio. Existe o entendimento comprovado de que não é preciso aumentar a extensão da terra para produzir mais. Por isso, nosso estado levanta a bandeira da inovação tecnológica para o agro, pensando em um trabalho de campo mais eficiente, rentável, sustentável e dinâmico. E isso sem falar nos investimentos voltados para a tecnologia 5G. A ideia é revolucionar o setor. Londrina, no norte do estado, por exemplo, é o primeiro município a receber as antenas. É uma forma de elevar a agricultura de precisão, consolidando a região como uma das maiores produtoras de alimentos do mundo.
Sinto orgulho dos produtores, das famílias e das cooperativas que lidam dia a dia com nossa terra. Por isso que o Grupo RIC está produzindo uma homenagem aos produtores rurais que se destacam. O nome não poderia ser outro: Orgulho da Terra. Em breve, compartilho com você, querido leitor, mais detalhes a respeito desta premiação. É apenas mais um passo de conscientização da importância do agronegócio para o estado, é uma forma de agradecer aqueles que fazem o Paraná cada vez mais desenvolvido.