Agricultores tentam evitar perdas com expectativa de geada na região de Maringá
O temor que uma geada de grandes proporções atinja as lavouras da região de Maringá tem feito com que agricultores tomem algumas medidas para tentar evitar o prejuízo. Cafeicultores têm trabalhado para cobrir os pés de café, enquanto produtores de hortaliças antecipam colheita.
O cafeicultor Fernando Lopes, de Mandaguari, está correndo para cobrir com terra as bases dos pés de café. Esta é uma das poucas medidas que podem ser feitas para tentar reduzir os efeitos da geada. No entanto, não são todos os pés de café que recebem este tratamento.
“Tenho 650 mil pés de café na propriedade, mas só poderei cobrir cerca de 50 mil. O restante já está grande e não tem o que fazer, só rezar“, lamenta ele.
Neste ano, o agricultor já sofreu prejuízos. “Nas geadas de junho e julho, já perdi aproximadamente 30% da produção“, conta.
Quem também teme a possível geada que deverá ser registrada na região nos próximos dias são os produtores de hortaliças. Norma Watanabe Sasaki é uma dessas produtoras. Segundo ela, o vento gelado já está estragando algumas das plantas mais sensíveis.
“Estamos colhendo antecipadamente cerca de um alqueire de hortaliças. São pés de alface, almeirão, salsinha, cebolinha, brócolis e outras verduras que, se ficarem na terra e vier a geada, terão perda de 100%“, explica.
Essas plantas colhidas ficam armazenadas em uma câmara fria. “Fazendo isso, teremos pelo menos mais dois dias de produtos para vender. O prejuízo da geada é grande e, desta forma, reduziremos um pouco esse impacto”, afirma.
O Instituto Simepar prevê que a noite de quarta para quinta-feira (28 e 29) será de geada. De acordo com o órgão, a intensa massa de ar frio e seco, de origem polar, que se estabeleceu sobre o estado do Paraná deve intensificar o frio em todas as regiões. Com vento fraco, as condições atmosféricas ficam propícias para a formação de geadas em todo o estado.