Acessibilidade? Piso tátil do Bosque Central de Londrina chama atenção por acabar em árvore
As obras no Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon, o Bosque Central de Londrina, no norte do Paraná, deveriam terminar nesta quarta-feira (6). Entretanto, a empresa San Pio Construtora, responsável pela revitalização, pediu mais 17 dias além do prazo, sendo a quarta prorrogação. Quem passa pelo local percebe algumas irregularidades, sendo uma delas o piso tátil para a mobilidade de deficientes visuais. Um deles acaba a poucos centímetros de uma árvore. “Às vezes as pessoas não dão muita importância para quem precisa realmente do piso tátil”, desabafa Marcio Campana, deficiente visual.
“Não tem nenhum piso de orientação de atenção, que é aquele piso de bolinha. Então, seria necessário esse piso de bolinha para mostrar para a pessoa com deficiência visual que ali vai ter uma mudança de direção, ou é o final de uma linha, final de um caminho. Se não, ele pode passar direto e acaba se machucando“,
explicou Marcio Rafael da Silva, coordenador pedagógico do Instituto Roberto Miranda.
Além dos obstáculos, a obra apresenta rachaduras no concreto. Antes mesmo da inauguração, a rampa na Avenida Rio de Janeiro já tem partes quebradas conforme os carros trafegam no trecho. O secretário de Planejamento de Londrina, Marcelo Canhada, informou que “os engenheiros, técnicos e servidores de carreira só recebem a obra oficialmente depois que ela estiver em perfeito estado, de acordo com o projeto arquitetônico”.
O novo atraso pela San Pio Construtora foi justificado pelos furtos de ferramentas enfrentados na obra, atraso na entrega do concreto devido à greve dos caminhoneiros e os cinco dias seguidos de chuva.
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