Médica paranaense encontrada morta no Canadá seria madrinha do bebê da amiga
Amiga publicou texto emocionante e mostrou fotos dos últimos encontros; médica morava há 6 meses no Canadá.
A morte da médica paranaense Liz Miriane Marcato, de 34 anos, que morava no Canadá, causou comoção entre amigos, familiares e colegas de trabalho. A psiquiatra natural de Apucarana, no norte do Paraná, foi encontrada morta em casa, em Toronto, na última quarta-feira (17).
A médica paranaense se preparava para um dos momentos mais especiais, a chegada do afilhado, filha de uma amiga. Após a confirmação do óbito de Liz, a parceira de infância, que está grávida, compartilhou um texto emocionante onde relembra momentos com a amiga e faz uma revelação sobre o nome da criança.
Recentemente, as amigas estiveram juntas nos Estados Unidos, onde acompanharam um jogo da Seleção Brasileira. A colega de Liz, aproveitou para lembrar outros momentos com a médica, do tempo de escola, universidade e vida adulta.
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Homenagem para médica paranaense que morreu no Canadá
Confira o texto da amiga de Liz em homenagem à médica na íntegra:
“Minha amiga, amiga querida, desde que eu me conheço por gente. Uma amizade que começou na pré escola, passou pela adolescência, se estendeu na fase da faculdade, casamento, e filhos, sendo você não uma escolha mas uma certeza como a única pessoa cabível pra ser a madrinha da minha filha, uma promessa que estava se cumprindo, de quando falávamos que seríamos madrinha uma do filho da outra aos 12 anos de idade, falando de possíveis nomes dessa criança que você me lembrou recentemente quando ainda estava indecisa quanto ao nome da bebê.
Falando em nome da bebê, depois de eu ter passado por mais de 5 opções, o nome escolhido foi aquele que você deixou escapar que gostou, mesmo não querendo opinar, dizendo que não poderia nem queria influenciar.
Se eu tinha dúvidas do nome, hoje não tenho mais.
Vou contar pra minha filha que o papai sugeriu esse nome, a mamãe estava em dúvida, mas a madrinha também gostou e assim ficou.
Lembro nessa última viagem de enxoval de bebê, você usando seu crachá toda orgulhosa com o título de tia coruja, escolhendo carrinho de bebê comigo, e realizada comendo um açaí brasileiro que há mais de 6 meses não comia vivendo no Canadá.
Falamos o quão abençoada éramos de poder assistir um jogo da seleção “ao vivo”, quando muitos só iriam ter essa experiência assistindo pela TV, assim como já havíamos feito, lembrando quando acordamos de madrugada pra ver a copa do mundo no Japão em 2002.
E sobre Japão, falamos não faz uma semana do nosso sonho de irmos para o Japão juntas. Como você disse algumas vezes: quando você fosse para o Japao iria querer com certeza que eu fosse junto, pra me usar como tradutora, eu sei, assim como eu usava você como a médica da família, inclusive brincava que a minha tranquilidade era saber que eu poderia ficar louca, literalmente, porque você Liz, iria cuidar de mim.
São tantos sonhos, planos, são tantas memórias juntas, tanta coisa que a gente dava risada com as nossas piadas internas, e com o seu humor peculiar que muitos daqui conhecem.
Tanta coisa que cada um aqui viveu com você, e que vai ser um pedaço que a gente vai carregar pra sempre.
Você era muito especial, muito amada, será que você sabia o quanto? …..“
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