Sindicato anuncia paralisação de 100% da frota do transporte público em Ponta Grossa
A greve dos trabalhadores do transporte público de Ponta Grossa chega ao 32º dia. Nesta sexta-feira (7), o o Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos em Veículos Rodoviários de Passageiros Urbanos, Municipais, Metropolitanos, Intermunicipais, Interestaduais, Internacionais e de Fretamento de Ponta Grossa e Região (Sintropas-PG) informou que a frota está 100% parada.
De acordo com o Sintropas, os funcionários estão sem receber salários pelo segundo mês consecutivo. Os ônibus estavam circulando com 50% da frota, devido a uma determinação da Justiça do Trabalho, mesmo com o pagamento atrasado. Agora com o atraso dos pagamentos de abril, a frota voltou a ficar totalmente parada.
A Viação Campos Gerais, empresa responsável pelo transporte público na cidade, por meio da assessoria de imprensa, divulgou uma nota pedindo calma aos funcionários, mesmo com o momento sendo crítico. Leia a nota:
“A VCG e o sindicato peticionaram juntos um pedido para a liberação do valor bloqueado. Os recursos de posse da justiça e a arrecadação dos últimos dias já são suficientes para quitar a folha de março. A proposta era agilizar e efetuar a quitação hoje. Porém, na noite de ontem este pedido foi indeferido.
Diante desta medida, o sindicato suspendeu a saída dos madrugueiros da garagem, que buscariam os funcionários para iniciar a jornada.
Estamos trabalhando para reverter esta decisão no sentido de permitir que ainda hoje, a integralidade deste salário esteja na conta de todos.
Dependemos do judiciário neste instante para tal, mas reforçamos que o total da folha devida em 07 de abril de 2021 já está totalmente arrecadada para ser disponibilizada a todos, porém sob a guarda do poder judiciário que agora deve dar a destinação destes recursos.
Pedimos aos funcionários, através de comunicados internos disparados ainda na noite de ontem para que não fosse descumprida, determinação do TRT, mantendo o transporte coletivo em funcionamento, tal qual determinado pelo judiciário. A justificativa está no fato de que são as arrecadações diárias as responsáveis para que os salários possam ser postos em dia, o mais brevemente possível.
Em nota divulgada aos colaboradores, a empresa destacou ainda a ciência de que o período é crítico a todos, mas pediu calma neste momento para que não ocorra um agravamento ainda maior da situação.”