Saiba como se inscrever no Cadastro Único para receber o Auxílio Brasil
O governo anunciou na semana passada que pretende substituir o programa Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, que deve pagar até R$ 400 a famílias em situação de baixa renda.
De acordo com o anúncio do Ministro da Cidadania, o Auxílio Brasil deve começar a ser pago em novembro de 2021. Até o momento não foram definidos os detalhes sobre o programa, mas para ter direito ao benefício é necessário estar inscrito no Cadastro Único (Cadúnico).
O que é o Cadastro Único?
O Cadastro Único é um conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza. Essas informações são utilizadas pelo governo federal, pelos estados e pelos municípios para a implementação de políticas públicas capazes de promover a melhoria da vida dessas famílias.
Diversos programas sociais utilizam os dados do CadÚnico, como Bolsa Família, auxílio emergencial, desconto na tarifa de luz, do governo federal, entre outros.
Famílias ou pessoas que moram sozinhas podem se inscrever no Cadastro Único se:
- Somando o salário de todas as pessoas da família e dividindo o resultado pelo número de membros da família, o valor for de até R$ 550 (metade do salário mínimo) por mês; ou
- A soma do salário de todas as pessoas da família for de até R$ 3.300 (três vezes o salário mínimo); ou
- Estiverem em situação de rua, seja uma pessoa sozinha, seja uma família.
ATENÇÃO! Caso você não esteja em nenhuma dessas situações, precisa fazer seu cadastro para receber um serviço que exija isso. Se esse for seu caso, poderá se cadastrar também.
Como realizar a inscrição no Cadastro Único
A primeira etapa é procurar um Cras ou um posto do Cadastro Único. No Cras, é possível obter informações sobre onde o cadastramento é feito, caso o próprio Cras não faça a entrevista. Existem casos em que é necessário agendar o atendimento por meio de uma central de atendimento.
Documentação necessária
A pessoa que fará o cadastramento da família deve ter pelo menos 16 anos, CPF ou Título de Eleitor. Também é necessário apresentar pelo menos um documento para cada pessoa da família.
Os responsáveis por famílias indígenas ou quilombolas não precisam apresentar CPF ou Título de Eleitor caso não possuam nenhum deles, mas devem levar outro documento de identificação entre os listados acima.
Pessoas sem documentação ou sem registro civil podem se inscrever no Cadastro Único, mas não poderão ter acesso a programas sociais até que possuam a documentação necessária.
Realizar a entrevista de cadastramento
Um entrevistador social, que é um funcionário da prefeitura, fará perguntas sobre vários aspectos da realidade da família: quem faz parte dela, características do domicílio, despesas, se há pessoas com deficiência na família, grau de escolaridade dos integrantes, características de trabalho e remuneração de todos, se a família é indígena ou quilombola etc.
Essa entrevista pode ser registrada em um formulário específico em papel ou no Sistema de Cadastro Único, diretamente no computador. Em qualquer uma dessas situações, o entrevistador deve solicitar a assinatura do Responsável Familiar no formulário preenchido ou impresso e entregar a ele um comprovante de cadastramento.
IMPORTANTE: após o cadastramento, é preciso manter os dados sempre atualizados.
Não tenho certeza se já sou cadastrado no CadÚnico, como consultar?
Acesse o site do Cadastro Único. Preencha o formulário com seu nome completo, data de nascimento, o nome da mãe e selecione o estado e município onde mora. Clique em “Emitir” para saber se está no cadastro ou não.
Também é possível fazer essa consulta por telefone. O ministério conta com um canal de atendimento para tirar as dúvidas sobre os programas sociais e CadÚnico.
Ligue para 0800 707 2003 depois selecione a opção 5. A ligação é gratuita. O horário de atendimento é das 07h às 19h de segunda a sexta-feira. Aos finais de semana e feriados o período de atendimento é das 10h às 16h.