“Meu filho não consegue sair de casa”, desabafa mãe de cadeirante sobre rua não asfaltada no Tatuquara
Moradores da rua Clotilde Hachenberg Monastier, no bairro Tatuquara, em Curitiba, se reuniram nesta sexta-feira (13) para fazer um protesto contra o poder municipal, por não terem sido incluídos em um projeto de pavimentação que acontece na região.
Segundo eles, que se dizem cansados de esperar o auxílio dos governantes, as sete ruas em torno da rua Clotilde Hachenberg Monastier estão recebendo pavimentação asfáltica, mas a via onde vivem ficou de fora do projeto.
“A prefeitura falou que essa rua não entrou no projeto deles. O porquê é uma boa pergunta. Porque eu fico pensando o seguinte: A gente paga imposto, os maquinários estão todos aqui, não dá 100 metros de rua. Eles podiam aproveitar e incluir essa rua, fazer o asfalto. Por que vai demorar mais quanto tempo? Mais dez anos? Outra coisa, vai vir o maquinário, vai custar o dobro do preço para fazer uma rua”,
fala Valdenir.
Além da poeira, do barro, dos pedregulhos e dos buracos com os quais os moradores precisam conviver todos os dias, Daiane explica que existem problemas ainda maiores: ela tem um filho de 12 anos que é cadeirante e o menino não consegue sair do portão para fora.
“Ele tem 12 anos, eu moro aqui também há 12 anos, e é sempre essa luta, não conseguimos nada, já chamei até vereador para ver a situação. Meu filho não consegue sair de casa com a cadeira de rodas porque não tem condição. A gente apenas coloca ele na garagem, ele não consegue nem dar um passeio perto de casa”,
desabafa Daniane.
O morador Jurandir também lamentou a situação, indignado, ele lembrou que todos pagam impostos, assim como as pessoas que vivem nas outras sete ruas da região. “Eu não consigo entender porque todo mundo aqui da rua paga IPTU, paga os impostos, então por que não ter os mesmos direitos que os demais? Hoje de manhã, o prefeito postou uma poesia sobre os Ipês no Facebook. Não temos nada contra poesia, o prefeito que fique com as suas poesias, mas queremos asfalto para a comunidade”.
O que diz a prefeitura
A RIC Record TV entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba e aguarda um posicionamento.