Curitiba ganha Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos
As ações de recolhimento de lixo eletroeletrônico em Curitiba ganharam mais um reforço nesta sexta-feira (29). O município assinou, com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), um termo de cooperação para implantação de uma Central de Logística Reversa na cidade. Pelo princípio da logística reversa, o lixo eletroeletrônico é desmontado de maneira responsável e reinserido na cadeia produtiva.
O documento assinado também prevê a intensificação de campanhas para sensibilização da população para o descarte correto de resíduos e a capacitação das associações do Ecocidadão para o manuseio correto dos materiais.
O termo foi assinado pela secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, e pelo presidente da ABREE, Sérgio de Carvalho Maurício. A solenidade aconteceu no Ecoponto do Cajuru, um dos dez locais fixos para recebimento de eletroeletrônicos – além de resíduos recicláveis e de construção civil – em Curitiba.
Para Marilza, trata-se de um compromisso extremamente importante assumido pela associação que representa os fabricantes de equipamentos.
“Nas coletas que o município já realiza são cerca de oito toneladas de lixo eletroeletrônico por mês, que agora vão para o centro de consolidação na Avenida João Bettega para que a ABREE garanta a destinação correta”,
explicou a secretária.
Impacto no clima
O secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, lembrou que o programa de Logística Reversa faz parte do Lixão Zero, do Ministério, lançado em 2019, em Curitiba. Com essa iniciativa, destacou, reduz-se ainda mais o uso dos aterros sanitários e, consequentemente, a emissão de gases do efeito estufa.
“Às vésperas da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021), quando o mundo está voltado para o tema, também é importante lembrar que essa matéria-prima verde vinda da logística reversa também tem a sua contribuição contra as mudanças climáticas”,
comentou França.
Como vai funcionar
Na prática, nada muda para o curitibano, que, sempre consciente, continua levando seu equipamento fora de funcionamento aos dez ecopontos espalhados pela cidade; aos drive-thrus mensais em parques e praças; ou apresentando à coleta seletiva. Mas agora, todo o material deve ser centralizado para que a ABREE faça a destinação. Componentes como plástico e vidro serão desmontados de maneira responsável e reinseridos na cadeia produtiva.
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As associações do Ecocidadão seguem com o trabalho de recebimento e, além de capacitação para o manuseio dos equipamentos de forma segura, serão remuneradas separadamente pela coleta dos eletroeletrônicos.
Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Maceió (AL), Manaus (AM) e o Distrito Federal já ganharam seus centros de atendimento pelo programa conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. A logística reversa atende o Decreto Federal 10/240, em vigor a partir deste ano, e que especifica um planejamento de ações e estabelece metas para os próximos cinco anos.