Após paralisação de trabalhadores, Justiça determina volta parcial do transporte coletivo em Londrina
Em decisão publicada na noite desta sexta-feira (9), o Tribunal Regional do Trabalho determinou a volta parcial dos trabalhadores do transporte coletivo de Londrina. Motoristas e cobradores da empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) haviam iniciado uma paralisação pela manhã, alegando falta de pagamentos e más condições de trabalho.
Na decisão, a Justiça determinou o retorno de pelo menos 70% dos motoristas e cobradores de cada linha e escala do transporte coletivo de Londrina nos horários de pico, das 5h às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira. Fora dos horários determinados, pelo menos 50% dos profissionais devem atuar.
Além disso, a Justiça ainda estabeleceu uma multa de R$ 40 mil por dia para os trabalhadores em caso de descumprimento da decisão. Também ficaram proibidos movimentos que impeçam o cumprimento das funções, como bloqueios nas garagens das empresas onde os ônibus ficam estacionados, por exemplo.
Paralisação
Os trabalhadores alegam falta de pagamentos e más condições de trabalho. Em reunião nesta quinta-feira (8), que teve a participação de membros do Ministério Público, as empresas revelaram a necessidade de um aporte da prefeitura devido à queda de receita durante a pandemia. O governo municipal, no entanto, informou que não possui condições de oferecer este aporte.
De acordo com a reportagem de sexta-feira da equipe da RIC Record TV de Londrina, trabalhadores da TCGL já realizaram uma paralisação em janeiro e os funcionários chegaram a reclamar de horas extras não pagas, más condições dos uniformes e problemas pessoais causados pelo trabalho. Durante a renovação da última concessão, houve uma liminar na Justiça, mas a empresa conseguiu renovar o contrato.