Raríssimo encontro com peixe-lua é filmado em Guaratuba; assista!
Um peixe-lua foi filmando enquanto nadava tranquilamente pelo mar de Guaratuba, no litoral do Paraná, no último sábado (26).
Conforme Gabriel Castanho, que fez o registro, as imagens foram gravadas nas proximidades da Ilha de Itacolomi. Ele conta que estava com familiares em um barco quando perceberam a presença do peixe tão diferente.
“Primeiro eu achei que era uma tartaruga machucada, mas quando a gente foi chegando perto, eu achei estranho e pensei até que era uma baleia filhote. Lá a água é um pouco mais clara, aí, quando a gente viu que era um peixe-lua, eu já coloquei o snorkel, o pé de pato e pulei na água para filmar. Eu pulei longe dele porque achei que o barulho e a movimentação da água poderia assustá-lo. Então, eu pulei um pouco antes e fui nadando até ele”, disse Castanho.
O jovem que é estudante do 4º ano de veterinária declarou que o encontro com o peixe-lua foi emocionante “É um animal maravilhoso, eu nunca tinha visto na minha vida, meus pais também nunca tinham visto. A emoção foi enorme. A gente foi muito privilegiado”. E completou ainda que o peixe não teve medo de sua presença, por isso, pôde ficar vários minutos lado a lado com ele:
“Ele não se assustou com minha presença e continuou nadando do meu lado, mas uma hora ele afundou muito rápido e eu não consegui acompanhar. Eu voltei para o barco e vi que ele estava em outro local na superfície comendo água-viva. E fui lá com ele de novo. Eu tenho 1,83 m e o peixe era maior que eu, ele era muito grande”.
De acordo com o biólogo Luiz Henrique Berticelli, Castanho teve sorte em encontrar e conseguir registrar o peixe-lua por tanto tempo na superfície, isso porque eles preferem águas mais profundas.
“Encontrar um animal desses é uma experiência muito rara, uma vez que os indivíduos costumam se aquecer à superfície por pouquíssimo tempo, preferindo as águas mais profundas para buscar alimento e parceiros”, explicou o biólogo.
Veja o vídeo do peixe-lua:
Peixe-lua
O peixe-lua, de nome científico Mola mola, pode chegar até 3 metros de comprimento e é considerado o mais pesado peixe ósseo do mundo, com registros de espécimes de até duas toneladas.
O peixe marinha, na qual fêmeas são maiores que os machos, tem a boca pequena em comparação com o corpo. Sua pele não tem escamas e é muita áspera, enquanto sua cor varia do cinza escuro até o prato-esbranquiçado. Também é importante citar que o Mola mola possui a mesma toxina que os baiacus.
Os peixes-lua já foram registrados desde a superfície até os 480 metros de profundidade, mas na maioria das vezes preferem ficar entre 30 e 70 metros. Seus alimentos preferidos são animais pequenos e macios como zooplânctons e águas-vivas.
Eles podem ser encontrados em todos os oceanos tropicais e temperados ao redor do mundo, mas são considerados raros.