Onda de envenenamento de animais chega na Zona Sul de Londrina

por Maria Eduarda Paloco
com informações da RICtv e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 5 set 2022, às 18h54.

Moradores de Londrina, no Norte do Paraná, encontraram diversos petiscos com veneno para animais na Gleba Palhano, na Zona Sul do município. A armadilha já fez vítimas, de acordo com um petshop do local. Donos de pets desconfiam de que vizinho teria se revoltado com as fezes de cães e gatos espalhadas pelo bairro.

Pedaços de carne crua recheadas com veneno foram encontradas em diversos pontos da Gleba Palhano, uma das regiões mais movimentadas da cidade. A praça Pé Vermelho, local em que tutores levam seus animais para passear, estava cheia deles.

A empresária Vânia Condeschi costumava andar com seu cachorrinho solto na praça, mas agora vive com medo de um possível envenenamento. “Ele ficava solto, tranquilo, agora não da mais, tá com a guia”, diz Vânia. Ela afirma que sua amiga encontrou mais pedaços de carne envenenadas nos últimos dias.

“Todo mundo tem saquinho e recolhe a sujeira deles. Então, é uma maldade que não tem explicação”, conta sobre o envenenamento. Já a administradora Silvia Dellarosa fala que esta situação “certeza que é um protesto esse envenenamento em massa aqui na região (…) as pessoas não catam as cacas dos cachorros. A gente anda na rua e fica desviando”.

Envenenamento Zona Leste

Na Zona Leste de Londrina, em menos de uma semana, no começo de setembro, três gatos foram mortos por envenenamento. Além disso, outros dois seguem desaparecidos. A dona de um dos animais registrou o momento em que ele agoniza até morrer. Veja o vídeo:

Ao se aproximar mais do gato, a tutora encontrou chumbinho, veneno muito comum para matar animais. Apesar de ser proibido, pode ser facilmente comprado.

De acordo com a Lei Nº 14.064, “Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda”.

A gerente de bem-estar animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) de Londrina, Esther Romero, afirma que o primeiro passo é denunciar para a polícia. “Através de um boletim de ocorrência a polícia pode abrir uma investigação e chegar até o infrator. Após isso, a delegacia encaminha para a Sema”, diz Esther.