Animais silvestres: o que fazer se encontrar uma cobra ou gambá em casa?
A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Paraná (Sedest) e o Instituto Água e Terra (IAT) iniciaram a publicação de “cards” no Instagram, que orientam a população sobre como proceder ao se deparar com animais silvestres em casa, como cobras, gambás, ouriços, lagartos, entre outros.
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É importante ressaltar que não se deve matar estes animais, para não haver um desequilíbrio ambiental. Por isto a secretaria e o IAT estão publicando as dicas do que fazer ao encontrá-los, para evitar acidentes e preservar a vida animal. Clique aqui para ver os cards no Instagram. E antes de começar a ler esta reportagem, salve estes telefones: (41) 3213-3767 e (41) 99554-3114 (Whats App).
Tem uma cobra no meu jardim. E agora?
A primeira coisa a se fazer, neste caso, é manter a calma e afastar crianças e animais domésticos para evitar acidentes. Elas não veem os seres humanos como potenciais presas, portanto, não têm interesse e tampouco perseguem pessoas.
Os acidentes normalmente acontecem quando alguém invade o raio de limite delas, por isso é importante isolar o animal, sempre mantendo uma distância segura. Para criar essa separação pode ser utilizado um rodo ou vassoura para direcioná-la gentilmente para algum local.
A orientação é fazer fotos e vídeos e enviar para o Setor de Fauna do IAT auxiliar na identificação e demais orientações. Os telefones são (41) 3213-3767 e (41) 99554-3114 (Whats App).
As recomendações para evitar acidentes também passam pelo uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e sapatos; usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palhas, etc; cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, milho ou cana; limpar paióis e terreiros para evitar ratos, além de não deixar lixo acumulado.
Se você for picado por uma serpente, a Secretaria de Saúde tem um guia para orientar o contato com serpentes.
Cobras “paranaenses”
No Paraná, são encontradas as seguintes espécies peçonhentas: Bothrops alternatus (urutu, cruzeira, urutu cruzeiro), Bothrops jararaca (jararaca, jararaca do rabo branco), B. jararacuçu (jararacuçu), B. moojenii (caiçaca, jararacão, jararaca), B. cotiara (cotiara), B. neuwiedi (jararaca pintada), B. Itapetiningae (jararaquinha do cerrado), Crotalus (cascavéis) e Micrurus (coral verdadeira).
E o gambá?
Outro animal comumente encontrado em áreas urbanas é o gambá. Ele consegue se adaptar e viver perto do homem, portanto se aproxima do ser humano pela facilidade em adquirir alimento e abrigo. O convívio pacífico com estes animais é possível. Para não atraí-los, não se deve deixar alimentos disponíveis no quintal, manter latas de lixo fechadas com cadeados e evitar acúmulo de entulhos – o que, aliás, atraem também outros animais, causando desequilíbrios ambientais.
Segundo Tassia Mariane Merisio, médica veterinária do setor de Fauna do IAT, normalmente os gambás se afastam sozinhos das casas. “O importante é afastar animais de estimação para que não ataquem o gambá. É só deixar que siga o rumo dele, o que provavelmente vai ocorrer durante a noite. Se for necessário, é só ligar para o Setor de Fauna do IAT”, explica.
Outros animais, como ouriços e lagartos, vão constar em breve nos informativos. A orientação é basicamente a mesma: evitar contato agressivo porque eles não atacam espontaneamente seres humanos. Matar ou maltratar animais silvestre são crimes previstos na Lei Federal 9.605 de 12 de fevereiro de 1998.