Cirurgia salva filhote de gato que nasceu sem ânus e estava há 50 dias sem fazer cocô

por Redação RIC.com.br
com informações do G1SP
Publicado em 6 set 2021, às 11h23. Atualizado às 11h26.

Um filhote de gato que nasceu sem o ânus conseguiu sobreviver mesmo após ficar 50 dias sem defecar e ter duas paradas cardíacas. Boninho, como foi chamado, precisou ser socorrido às pressas pela ONG Viva Bicho, de Santos, estado de São Paulo, e passar por uma cirurgia de emergência.

Em entrevista ao G1, a assessora de comunicação da ONG, Leila Abreu, explicou que, recentemente, a equipe resgatou uma gata prenha e conseguiu arrumar um lar temporário para ela. No entanto, o responsável pelo cuidado dos filhotinhos percebeu que um dos recém-nascidos estava com a barriga muito grande. Assim que chegou na ONG, os médicos veterinários fizeram uma série de exames e descobriram que Boninho havia nascido sem o ânus.

Conforme explica Leila, a atresia anal é uma anomalia congênita que, eventualmente, pode ocorrer em gatos e cachorros. A falta de perfuração do ânus compromete a saúde do animal e pode levar à morte.

“Caso não seja feito o procedimento, o intestino acaba estourando dentro do animal. Então o Boninho precisava de uma cirurgia de emergência, porque estava com apenas 50 dias, um bebê, e desde que nasceu estava sem defecar. Por isso, a barriga estava tão grande e ele chegou a ter duas paradas cardíacas. Ninguém percebeu antes, porque a mãe do filhote de gato, quando está amamentando, tem o costume de limpar as fezes do gatinho lambendo”, diz a assessora.

Boninho foi encaminhado ao hospital para o procedimento de emergência.

“Um veterinário urologista foi chamado para atendê-lo e foi feito raio-x de contraste para ver onde estava tendo a obstrução. Foi uma cirurgia plástica, praticamente, que foi feita nele. E uma veterinária desse hospital acabou se apaixonando pelo Boninho e o adotou. Agora ele está ótimo, ainda não sabe segurar as fezes, mas está conseguindo fazer normalmente e aprendendo aos poucos. Ele foi muito guerreiro, porque no caminho até o hospital já não conseguia abrir os olhos, de tão inchados, além de ter sentido muita dor. Mas o mais importante, é que a vida dele foi salva”, destaca Leila.

A ONG fez uma publicação nas redes sociais contando o final feliz da história de Boninho e afirmou que o animal foi muito guerreiro.

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