Aprovada proposta que prevê multa a quem não comunicar atropelamento de animal

por Pauline Machado
Jornalista e Acadêmica de Medicina Veterinária
Publicado em 19 dez 2022, às 00h04. Atualizado em: 20 dez 2022 às 11h09.

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro para punir com multa o condutor envolvido em atropelamento de animal que deixar de comunicar o fato às autoridades competentes. A infração será grave, resultando em cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e em multa de R$ 195,23.

O texto aprovado também altera a Lei 10.233/01, que reestrutura os transportes terrestre e aquaviário, para estabelecer que os contratos de concessões rodoviárias deverão prever ações de prevenção do atropelamento de animais e a prestação de socorro, pelo concessionário, aos animais atropelados. O custo decorrente da medida poderá ser objeto de revisão tarifária.

O relator da matéria, deputado Juninho do Pneu (União-RJ), apresentou um substitutivo ao Projeto de Lei 1362/19, do deputado Celso Sabino (União-PA), bem como aos apensados: PLs 3885/19, 4964/19, 5735/19, 5892/19, 582/21, 2921/21, e 455/22.

O projeto original altera o Código de Trânsito Brasileiro para tornar crime a omissão do condutor em prestar imediato socorro ao animal atropelado. Ou, ainda, de comunicar o fato às autoridades, quando for possível fazê-lo sem risco pessoal. Os apensados vão na mesma linha, estabelecendo penas e criando novos tipos penais. “Apresentamos um substitutivo retirando a obrigatoriedade de prestação do socorro, no entanto, mantendo a exigência de informação da ocorrência às autoridades competentes”, disse o relator.

“Na mesma linha, deixamos de enquadrar a falta de comunicação do evento como crime. E passamos a considerá-la infração grave, na esfera administrativa, sujeita à multa de trânsito correspondente”, completou.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo. Ele ainda será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; assim como de Constituição e Justiça e de Cidadania.

As informações são da Agência Câmara de Notícias