Mais 20 pessoas foram presas nesta terça-feira (13), em Curitiba, por policiais civis que participam da Operação Marias, desencadeada em setembro para cumprir mandados de prisão contra homens que agridem suas mulheres. Os mandados de prisão foram embasados na Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência doméstica. Com as novas prisões, a operação totaliza o cumprimento de 82 mandados de prisão.

Segundo a delegada Maritza Haisi, titular da Delegacia da Mulher de Curitiba e que coordena a operação, os presos são maridos, ex-maridos, companheiros, namorados, pais ou parentes próximos que praticam violência contra mulheres.

“Essa operação visa a proteção contra a violência doméstica e familiar. Doméstica quando o agressor convive no mesmo espaço que a vítima, e familiar quando ele não convive no mesmo local, mas tem acesso fácil a ele, como no caso de namorados”, explica a delegada.

Maritza salienta que mensalmente, só em Curitiba, são feitos cerca de mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher. “Metade desse número é registrado na delegacia especializada e a outra metade são boletins feitos em outras unidades da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal”, revela.

A delegada afirma que a promulgação da Lei Maria da Penha, em setembro de 2006, foi um grande avanço para o combate à violência doméstica, facilitando a ação rápida e eficaz da polícia.

“Nesta operação específica, estamos prendendo apenas infratores de Curitiba. Alguns mandados foram cumpridos em cidades da região metropolitana, mas referentes a casos em que a agressão ocorreu na capital”, explica.

Segundo o delegado titular da Divisão de Polícia Especializada, Marco Antônio Lagana, as operações semelhantes serão periódicas e ininterruptas. “É importante ressaltar a interação desse trabalho com o Ministério Público e o Poder Judiciário”, acrescenta.

Participaram da Operação Marias policiais da Divisão de Polícia Especializada, Divisão Policial do Interior, Divisão Policial da Capital, Divisão de Investigações Criminais, Divisão de Crimes contra o Patrimônio, Assessoria de Relações com a Comunidade, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre).